A Realidade Através do Espelho.

domingo, 7 de novembro de 2010

Domingo sozinho e só.

Os seus olhos estilhaçando verdades inverossímeis e vertendo os (des) caminhos de mim.
Cala-me e me foge, pois sou você, sem verbos. Pois se não escrever, desvivo. E se não cantar (des) morono. E eu? Calando o explicito, necessito, necessito realmente deste grito, esta zombaria de mim, para o lado de fora? Pois que sou, se não o abutre dos sentimentos pequenos? Que sou, se não a verdade dos sonhos de outrora? Que sou se não, a fruta que cumpre seu ciclo?
Eu, a estrela despercebida e que por despercebida não inexiste. Limo e suor. Sombra e tintas.
Ei, você, Caminhe, e quando seus olhos se voltarem ao que se perdeu, estarei lá. Firme. Eu, a estátua dos seus desejos. Mil setas indicam a covardia que é pensar, sou uma delas. Sentindo a vida pulsando nas vísceras, cá estou. De sangue e carne, de vida e defeitos. O peso e o contrapeso. A fragilidade da borboleta e a incapacidade de se ser sem as letras. O sol nascendo por entre as cortinas, é a vida embrulhando seu mais novo presente.

Um comentário:

  1. bloco do "sou sem sentido sem palavras".

    E quando o palavriado não servir e o silêncio não puder, aí sim estaremos perdidas.

    Ontem, caminhando para minha residência, atravessando rua deserta e escura, cheguei à conclusão de que qualquer sorte de aventurança valerá apena se pudermos transformar em arte. A arte é isso: é o consolo de tudo. Mais que isso: é a saída para tudo. È o par de asas repentino. Nitch estava certo! mas não só na música. Sem a arte, a vida seria um erro.

    Nosso ofício é a palavra.

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